domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um breve testemunho


                Há quem pense que é apenas na igualdade que um casamento tem a chance de dar certo, mas esta é uma visão que não compartilho a muitos anos, inclusive já escrevi sobre isso a um tempo atrás  para registrar que este meu pensamento não é de hoje. Não tenho nada contra a igualdade, nem muito menos quero traçar um padrão de pessoas para se ter a dita “boa relação”, embora seja a favor de uma relação com base na liberdade e criatividade sobre a direção dAquele que soube harmonizar na heterogeneidade os ciclos naturais, basta que vislumbremos a natureza. Pois é, a relação que mantem-se com base na castração do outro, para mim não é relação e sim coerção, portanto não é saudável.
                Não conheço nenhuma relação saudável onde as duas pessoas gostem de tudo exatamente igual, afinal somos diferentes, o que importa é que na roda da vida, os obstáculos produzidos pelas diferenças sejam superados com o fim de manter o amor e consequentemente a união. Para isso, a tolerância, a paciência,  a sabedoria, a perseverança e principalmente o amor são ingredientes necessários para que o Criador deles fazendo uso, mantenha os relacionamentos perfeitos.
                      Sou casado a muitos anos e considero a minha esposa um diamante que DEUS lapidou de forma que tal joia não fosse colocada em uma base que a desvalorizasse, por isso ELE precisou moldar a ambos, de maneira que a individualidade fosse respeitada (base/joia), e houvesse uma complementação. Certamente temos pontos em comum, alguns deles construídos ao longo dos anos de convívio, a exemplo dos princípios éticos e da nossa fé, mas até estes já foram diferentes um dia, porém chegamos ao consenso do melhor formato para que tivéssemos uma relação mais saudável. Cito isso pois não quero que alguém pense que precisamos ser totalmente diferentes para ser feliz, e que na caminhada da vida não nos modificamos, muito ao contrário, pois as mudança também são saudáveis para que cada um experimente o novo e cresça como pessoa.
                Felizmente jamais seremos iguais, acredito que esta condição nos permite crescer com a visão do outro, e sempre precisaremos da relação para evoluirmos como pessoa, talvez por isso o Criador tenha nos deixado a lição que “não é bom que estejamos só”.
                Só como exemplo, não tenho nem um décimo da visão de estética da minha esposa, muito menos a capacidade da mesma de perceber a mensagem indireta do outro, assim é por meio dela que o Criador me deixa uma referencia bem próxima de pontos que preciso evoluir. É neste caldeirão de diferenças, que sei também que ela aprende comigo a dar um foco em pontos que estou mais crescido, como no cuidado de si, os limites das convenções sociais, entre outros, que vivemos e vamos evoluir juntos como até hoje ocorreu.
Muitas outras diferença existem entre nós, mas com sabedoria as driblamos e aprendemos um com o outro. Tenho por certo que esta troca em liberdade, onde muitas vezes nos modificamos e ficamos com mais pontos em comum, nos aponta como foi boa tal convivência, mas de uma coisa estou certo, existirão pontos que por mais que nos esforcemos nunca serão equivalentes, e é por causa deles que DEUS nos mostra que precisamos um do outro, no meu caso ela de mim e eu dela.
Nele que nos fez um para aprender com o outro, sem que nós soubéssemos disso,
Ferdinando Cabral

22/02/2015    

Meio ambiente, respeitar por que?


Estava pensando como é importante ficar sempre ligado a DEUS, pois sem ELE a vida perde o sentido, os valores são corrompidos, perdemos a nossa paz e o que construímos de bom nas relações pessoais, desmoronam. Quem experimentou a visão destes pontos com DEUS, pode compreender o que estou falando se for verdadeiro consigo, do contrário (sem DEUS) relativizamos o sentido de  paz e as consequências de uma vida sem bons valores. Ressalto que é preciso vivenciar sentimentos/percepções para que haja uma real comparação destas condições, assim como tenho por certo a importância do contato físico, da experiência prática com um meio natural (e sadio), de maneira que haja esta troca e consequente sinergia.
Há uma grande preocupação de minha parte nestes dias com o distanciamento entre o homem e a criação, visto que no passado muito do que foi percebido de DEUS, ocorreu através deste contato e consequente percepção da grandiosidade dEle exposto na sua criação. Assim sendo, estou certo que se dermos a devida atenção a perfeição e beleza de toda criação, nos religaremos a DEUS. Não há maior crime em nossos dias que a separação entre o homem e a criação (no seu status natural, ou seja, em equilíbrio), de maneira que tal condição desfigura o meio ambiente, e este toma o lugar de servo, ao invés de parceiro como originalmente foi projetado, desgastando-se pela quebra de seus ciclos contínuos, e passando a ficar finito pela intervenção humana.
Quando entendemos o nosso papel na criação, percebemos que é impossível alguém ter paz sem cuidar de si com princípios naturais e assim como do seu meio, pois um meio ambiente doentio, gera homens desequilibrados e cegos para perceber o seu papel no projeto da criação. Neste cenário é comum vermos grande parte  das pessoas gastando seu tempo naquilo que é valorizado de forma desmedida neste meio doentio, e sobram ações vazias de sentido, como o acumulo de riquezas em detrimento do próximo e da natureza, bem como a total vazão das vaidades humanas. Cheios de equívocos, este ser deixa em segundo plano cuidados essenciais com sua espiritualidade, alimentação, seu o corpo (exercícios) e o meio em que vive.
Um grande exemplo desta desfiguração na atualidade são os problemas de saúde (obesidade, diabetes, gastrites, etc), a dependência das drogas (lícitas, ilícitas, medicamentos), e cidades cheias de paradoxos, a exemplo de São Paulo/BR, que na atualidade embora cercada de rios, sofre com problemas de falta de água.  
Concluo que quanto maior for a falta de zelo do homem com o seu meio, menor será a sua percepção de DEUS e  sem direção ficará, consequentemente lhe sobrará destruições, angustias, dores, quebra de relações, etc. O retorno ao natural, respeitando os limites da criação, é essencial para uma vida em paz, onde se desenvolve um meio propicio ao amor, as atitudes de sustentabilidade (não poluir, reciclagem, consumo consciente), visto que estas deixam de ser algo “careta” e de ações apenas para os menos desafortunados, tomando seu devido lugar como necessária e para aqueles que tem nobre coração.  
Nele que nos chama zelar pelo meio em que vivemos,
Ferdinando Cabral

21 de Fevereiro de 2015