domingo, 25 de março de 2012

Uma luz para as crises conjugais

Me sinto na obrigação de compartilhar com quem quiser desta fonte beber, um pouo de minha experiência conjugal. Atualmente tenho mais de 15 anos de casado, perdoe-me, de casado menos de 10 anos, digo isto pois compartilho da opinião que quem não vive bem, não é casado. Portanto nem sempre fui casado, apesar de morar no mesmo teto.
O meu casamento começou quando o organizei com base na orientação do apóstolo Paulo de Tarso. Tais princípios não foram fáceis de ser implantados, até porque o mundo sempre nos induzia a agir contrário a estes, sem contar que a interpretação literal de algumas sugestões do Paulo citadas por religiosos, certamente não se aplicariam na minha cultura e tornaria minha vida na época, mais infernal, assim precisei identificar a essência de sua mensagem, adaptando-a a minha cultura.
Não tenho dúvidas que todos os conselhos deixados por Paulo na bíblia são facilmente entendidos, afinal ninguém discute que em uma relação precisa ter amor, respeito, perdão, suporte, por vezes negar suas vontades, etc, etc mas a questão da organização hierárquica, com tanto domínio humano, não é fácil de ser entendida, nem aceita, assim é deste que desejo gastar certo tempo falando para você.
Gosto de explicar tal questão hierárquica associando a administração de um prédio residencial. Já vi muitos prédios sucumbirem por falta de organização, ou melhor, de alguém que o administre de forma correta. O síndico deveria ser este mediador, já que quando este falta com tal responsabilidade, a casa cai, digo isso com experiência de quando morava em condomínio. Um bom síndico não tem preço, as vezes até as pessoas abusam dele, afinal sempre vai a frente dos problemas, defendo sua morada (prédio). Faz com que as leis sejam cumpridas, busca ser pacificador, troca idéias com os demais condôminos em reunião (não agindo como um tirano), toma decisões difíceis que nem sempre agrada a todos de imediato, não é perfeito, mas busca o melhor para todos, nem sempre acerta. Diante deste quadro, poucos não querem ser submissos a um síndico destes, e feliz quem encontrar um bom síndico. Quem não confiaria e descansaria tais responsabilidades a alguém com tais atributos??? Nunca cheguei em minha casa forçando a barra para impor submissão de alguém a mim, afinal não tenho a intenção de ser um tirano, nem muito menos oprimir ninguém. Ao contrário, normalmente consulto todos antes de tomar grandes decisões, o que normalmente me trás bons frutos (boas idéias, melhores que as minhas inicialmente). Com naturalidade essa hierarquia se formou em minha casa, sempre buscando tratar todos como uma extensão de meu corpo, e é assim que entendo o papel do homem em seu lar.
Vi absurdos falados e vividos em nome de uma interpretação ao meu ver incorreta daquilo que está dito na Bíblia sobre tal princípio hierárquico.
Durante meus poucos anos de observação da vida a partir deste princípio, vi mulheres que são tratadas como capacho pelos seus maridos, por entenderem que devem ser submissas suportando tudo para não se separar, assim como também o inverso, mulheres que não tem nenhum respeito pelo marido, baseado em um feminismo sem freio e devastador. Também já aconselhei diversas pessoas a não se submeter a nenhum tirano em seu lar, enquanto já vi muita gente adoecida por se submeter a tiranos (as) chamados (as) de esposo (as).
Muitos casais estão separados em casa, basta observar como lidam com suas finanças, onde cada um administra o seu salário separadamente. Embora acredite que tal atitude deva ser adotada quando há desequilíbrio nos dois ou em uma das partes, o descontrole financeiro reinaria, posto que não há união para isso, porém tal procedimento deve ser temporário, até que ambos evoluam (se não evoluir tem algo errado).
Quando há problemas conjugais, estou certo que não se deve pagar mau com mau, do contrário o mal nunca cessará, mas também não podemos alimentar princípios incorretos, visto que a verdade deve prevalecer e os desvios embora tratados com amor, precisam ser trazidos a luz do dialogo e da vivencia cristã (sem esta não haverá correção das deformidades), e nunca encobertos, afinal para haver correção, por vezes dores serão necessárias.
O texto de Ef 5:22-26 só deve ser aplicado na plenitude quando o homem ama a mulher como Cristo amou a sua igreja, e nesta condição, estou mais do que certo que haverá sucesso no relacionamento, e aquelas brigas que as pessoa do mundo dizem que são normais entre casais, não farão parte da vida deste, como já não faz parte de minha a muitos anos.

No mais, deixo o conselho de Paulo abaixo, certo que todos que querem ser bem casados tem que evoluir para este principio, apesar de que nem todos ainda tem maturidade para tal neste momento:

Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, Efésios 5:22-26


Um forte abraço a todos, NELE que nos orienta por meio de Paulo a viver uma vida fora dos padrões deste mundo, do contrário pagará o alto preço do divorcio total ou parcial,

Ferdinando Cabral
07/01/2012

Nenhum comentário: