Missões, o transbordar de DEUS
Estava pensando sobre os fatos que me incentivaram a mudar alguns costumes pessoais, e logo lembrei quando comecei a correr de Kart Indoor.
Tudo teve início quando um bom amigo, altamente empolgado com a experiência deste esporte, me persuadiu a correr, daí por diante a coisa foi tão boa que não deixei mais de freqüentar o local, inclusive abandonando antigas diversões.
Imaginei que o trabalho missionário deveria ter a mesma linha de ação, as pessoas se encheriam de DEUS e transbordando do seu amor e graça, falava das suas maravilhas com tamanha empolgação, que induzirá ao próximo a BUSCÁ-LO como amigo. Assim, quando anunciarmos as boas novas, empolgaríamos naturalmente, exatamente como o convite impactante que recebi do meu amigo corredor.
Em algumas homilias, vi pregadores tentarem persuadir os seus ouvintes a agir com espírito missionário a partir da ordem do próprio Jesus;
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mateus 28 : 19)
Ao final da mensagem, muitos amém´s foram dados pelos fiéis, embora na igreja se dá amém por tudo, pois as pessoas já estão tão acostumadas a falar o correspondente ao “assim seja” (amém), que respondem com esta expressão a qualquer loucura dita pela força do hábito, só não percebi posteriormente nenhuma mudança comportamental maior.
Analisando nas escrituras um dos maiores missionário de todos os tempos, Paulo de Tarso, vi algo que não pode faltar aqueles que se intitulam cristãos, observem as suas palavras;
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. (Gálatas 2 : 20)
Daí cheguei as seguintes conclusões:
• O verdadeiro espírito missionário só brota quando a dimensão da graça e amor divino fluem das entranhas do ser. Se o conhecimento destas verdades não sair da dimensão teológica, teremos no máximo um bom pregador dos princípios filosóficos de uma auto-ajuda cristã.
• O missionário não pode deixar de ser romântico, um apaixonado pela causa cristã, entendendo as conseqüências da obra da cruz. Alguém que se destina as missões, tem que sentir que o CRISTO habita dentro dele, assim anunciará seu amor pelo transbordar de DEUS em sua vida.
Paulo ainda acrescentou:
Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? Comamos e bebamos, que amanhã morreremos. (I Coríntios 15 : 32)
Nestas passagens percebo o amor dele a obra, permeado pela certeza da salvação pessoal. Ele fala que presenciou perigos sobre a própria vida, lutando contra dificuldades semelhantes a feras.
Portanto, pessoalmente acredito que o trabalho missionário é semelhante ao transbordar de DEUS na vida de um homem, que não ocorre sem o agir do Espírito Santo.
Missionário no meu ponto de vista, é um homem que entende a dimensão da obra da cruz em sua vida, e só ciente dela, é que falará de DEUS em todos os lugares que passar.
Com tamanho amor e gratidão a DEUS, teremos homens desejosos de levar este bem estar não só as pessoas que os cercam, mas também a todo aqueles por quem Jesus morreu na cruz.
Precisamos sair da linha que se obriga a anunciar o Cristo, para a que conduz pessoas a expressar as boas novas devido a não poder negá-las em nosso próprio viver.
Vemos gente que se mata por um ideal, como família, trabalho, política, até religião, porque não podemos ter motivação em vida para falar da boa obra já realizada em nós.
Há necessidade do guiar do Espírito na obra missionária, pois sem ELE em nós, perdemos o referencial do amor divino em nossas vidas, e o que nos restará é a empolgação estimulada pelas palavras humanas (permanece só por um tempo).
Gostaria de enfatizar mais alguns detalhes da minha vivencia com o Kart, pois na época não tinha experiência no esporte, tive medo inicialmente, nunca fui um destaque como corredor, o custo era elevado sacrificando o orçamento familiar, o tempo era escasso, mas nenhum destes empecilhos serviram de barreira permanente para que desistisse da brincadeira.
O compromisso daquela diversão não foi firmado pela obrigação e sim pelo prazer, portanto missionários não podem ser forjados pela lei/obrigação, mas sim pela empolgação da verdade já instalada nele pelo amor demonstrado no mistério da cruz.
Homens conscientes do cuidar de DEUS na sua vida, anunciam as boas novas em todos os lugares onde plantar seus pés, com a sabedoria e adaptabilidade de fazer-se fraco para ganhar os fracos.
“O espírito missionário está em todos aqueles que conhecem por revelação divina, a largura, altura e a profundidade da graça e amor de Cristo”.
Nele que nos chama a anunciar o seu amor nos quatro cantos do mundo, mas deixa o SEU ESPIRITO para que nos motive em todo tempo,
Ferdinando Cabral
07/02/2007
http://ferdinandocabral.blogspot.com/
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